segunda-feira, 9 de maio de 2016

Caio e Casão: gringos de São Paulo e Atlético-MG são alerta para o Brasil


Carrossel estrangeiros (Foto: GloboEsporte.com)
São Paulo e Atlético-MG são os únicos times brasileiros vivos na Taça Libertadores. Os rivais das quartas de final avançaram na competição sob os comandos do argentino Edgardo Bauza e do uruguaio Diego Aguirre. 
Os centroavantes Calleri (artilheiro do torneio, com oito gols) e Lucas Pratto (goleador do Galo na competição, com quatro) também são argentinos. 
Ter estrangeiros em posições fundamentais e dirigindo as melhores equipes brasileiras no maior torneio do continente é um alerta para o futebol nacional, na opinião dos comentaristas Casagrande e Caio Ribeiro.
Para Caio Ribeiro, o sucesso dos estrangeiros serve para tirar os brasileiros da zona de conforto.
– Não significa que não tenha gente boa aqui, mas são indícios de que os técnicos precisam se incomodar com essa situação, rever conceitos e buscar alternativas, porque isso é do mercado. Cada hora terá menos espaço. Você tem de olhar e não achar que é algo circunstancial, mas sim buscar melhorar sempre – disse.
Casagrande, por sua vez, acredita que o sucesso do argentino Jorge Sampaoli com a seleção do Chile, campeã da Copa América, abriu mais espaço aos técnicos sul-americanos.
– Os dois times chamaram treinadores competitivos. O Bauza ganhou duas Libertadores, com o San Lorenzo e a LDU, times que não são top. O estilo de jogo não me agrada e não é bonito, mas é competitivo. O Aguirre trabalhou em outros países também (foi finalista da Libertadores com o Peñarol e perdeu para o Santos, em 2011) – afirmou Casagrande.
A opinião é parecida em relação aos centroavantes. Caio Ribeiro acredita que o autêntico camisa 9 está em extinção no nosso futebol.
– Tem o Ricardo Oliveira que está sendo convocado e uma boa molecada chegando, mas não são exatamente camisas 9 e estão em estágios diferentes: o Gabigol (Santos), o Gabriel Jesus (Palmeiras) e o Luan (Grêmio). Aquele jogador de área, que incomoda a defesa adversária e gosta do corpo a corpo em jogo grande, temos buscado na Argentina. No Brasil são características diferentes. O Fred não é tão forte, mas tem presença de área. Tirando Calleri e Pratto, o terceiro melhor é o Guerrero. Está na hora de olhar para a base – disse Caio.
Ex-atacante com história no Corinthians, Casagrande vê a falta de jogadores de área como problema antigo no futebol brasileiro.
– Não é mera coincidência. Não tem no Brasil. Por isso o destaque do Atlético-MG é o Pratto, e o do São Paulo, o Calleri. Faz tempo que não tem centroavante no Brasil – afirmou Casagrande.
Todos os ingressos foram vendidos para o primeiro duelo entre São Paulo e Atlético-MG, nesta quarta-feira, às 21h45, no Morumbi. O segundo confronto é na próxima quarta-feira (18), no mesmo horário, no estádio Independência, em Belo Horizonte.

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