sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Em crise, São Paulo prevê novo déficit e pisa no freio com reforços de peso


Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo (Foto: Rubens Chiri / São Paulo FC)
Em 2014, déficit de mais de R$ 100 milhões. Para 2015, previsão de R$ 53 milhões de prejuízo. Se dentro de campo a expectativa é de uma temporada boa para o São Paulo, fora dele, no que diz respeito aos cofres, a história é bem diferente. Sem patrocinador e com folha salarial perto dos R$ 10 milhões mensais, o Tricolor quer evitar passar pelos mesmos problemas deste ano - em determinados momentos houve atraso nos salários e direitos de imagem.

O orçamento para 2015 foi aprovado em reunião do Conselho Deliberativo. A diretoria comandada pelo presidente Carlos Miguel Aidar prevê receitas em torno de R$ 284,4 milhões (para 2014 o número foi maior - R$ 311 milhões). Como a expectativa é gastar perto dos R$ 337,6 milhões, há previsão de novo déficit, só que dessa vez em R$ 53 milhões.

- Estamos sem patrocinador. Além disso, não podemos colocar na conta as premiações de campeonatos. Foi feito isso no passado. O mesmo diz respeito à venda de jogadores. Se acontecer, ótimo. Mas não posso mentir. Houve uma diminuição também no aluguel de camarotes do estádio do Morumbi - afirmou o diretor de planejamento do clube, Mário Quesada. 
A crise financeira vivida pelo São Paulo teve impacto, claro, no planejamento do time para 2015. Não há expectativa de contratação de reforços de peso, aqueles mais caros e badalados. Conca, do Fluminense, esteve na mira. Mas o salário de R$ 750 mil inviabilizou a negociação. O gerente de futebol Gustavo Vieira de Oliveira colocou um teto de R$ 300 mil no clube.

- Isso já contando o direito de imagem. Não podemos fugir do nosso planejamento - justificou.
O clube também antecipou parte de sua cota de TV do ano que vem. Ela foi usada como garantia de pagamento de um empréstimo feito neste ano. Para tentar arrumar a casa, o presidente Carlos Miguel Aidar está à procura de profissionais remunerados: um diretor executivo, um financeiro e um de operações.
Com relação ao fornecedor de material esportivo, o São Paulo já se acertou com a Under Armour para receber, em cinco anos, R$ 135 milhões, dos quais R$ 75 milhões em dinheiro (R$ 15 milhões por ano) e R$ 60 milhões (R$ 12 milhões por ano) em material esportivo. O pré-contrato já está assinado e entrará em vigor assim que o acordo com a Penalty for rescindido.
O novo fornecedor estreará em maio, no Campeonato Brasileiro. O vínculo com a Penalty venceria apenas em 31 de dezembro, mas será encerrado antes do tempo. Clube e empresa discutem a maneira que isso acontecerá. Uma coisa é certa: se for necessário fazer algum pagamento em dinheiro, a Under Armour não será responsável por isso.

Muricy pede velocista, elogia trio de reforços e vê Dória e Diego distantes


Muricy Ramalho, São Paulo X Sport (Foto: Marcos Ribolli)
Muricy Ramalho quer apenas mais um ou dois reforços para fechar o elenco do São Paulo para a temporada de 2015. Com três reforços já anunciados pelo clube e tendo o volante Wesley, do Palmeiras, também acertado, o técnico pede a chegada de um atacante velocista. 
- Precisamos de um homem de frente de velocidade. Temos um time de boa posse de bola e até fizemos muitos gols no Brasileirão, mas precisamos de velocidade senão não surpreendemos ninguém - destacou o treinador, em entrevista à "Rádio Bandeirantes".
Até o momento, o Tricolor anunciou de forma oficial as contratações do lateral-direito Bruno e do lateral-esquerdo Carlinhos, ambos ex-Fluminense, além do volante Thiago Mendes, ex-Goiás. 
- Tínhamos um problema na lateral direita, estávamos improvisando, e por isso contratamos Bruno. Ele não jogou comigo no Fluminense, foi contratado depois, mas agrada e vimos o custo-benefício. Carlinhos, sim, eu que levei para o Fluminense e como ficou livre, ficou fácil de fazermos a negociação. Estamos vendo também os futuros negócios, porque futebol é um grande negócio. Thiago Mendes entrou neste perfil, foi uma das revelações do campeonato e tem futuro. Agora caminhamos para fechar o elenco com mais uma ou duas contratações.
Analisados pela diretoria, o meia Diego, do Fenerbahçe, da Turquia, e o zagueiro Dória, do Olympique de Marselha, da França, agradam, mas os valores são vistos como impossíveis.
- Dória há um tempo nós tentamos, mas está muito valorizado. Hoje não está jogando. Já tentamos várias vezes, mas é uma dificuldade muito grande por eles terem feito um investimento muito alto. Na Europa eles têm paciência para o jogador se adaptar, então temos dificuldade para trazer. Diego também foi falado, mas todos que tentam batem no lado econômico, foi assim como o Santos também (em julho). Hoje em dia os clubes não fazem loucura e não dá para comparar o salário que ele ganha lá. Mas futebol é dinâmico, pode ser que mude a situação. Não chegamos a conversar porque só de saber quanto o jogador ganha a gente sabe que nem tem chance.
O técnico disse ainda que Carleto, Bruno Cortês, Cañete e Clemente Rodríguez seguirão sem ser aproveitados na próxima temporada, ficando liberados para acertar com outros clubes.

Cauteloso com volta, São Paulo não vai inscrever Breno na Libertadores


Breno São Paulo (Foto: site oficial do São Paulo FC)
A torcida do São Paulo vai precisar de paciência até ver o zagueiro Breno novamente em ação. Depois de cumprir pena de dois anos e nove meses por incendiar a própria casa, em Munique, na Alemanha, o jogador treinará com o elenco do Tricolor a partir de janeiro, mas não tem previsão de quando poderá voltar aos gramados. Por isso, ficará fora da lista de inscritos na primeira fase da Taça Libertadores, prevista para ser disputada entre 18 de fevereiro e 22 de abril.
A ideia da diretoria e da comissão técnica do São Paulo é ter muita cautela com a condição do defensor. Além de melhorar fisicamente, o jogador de 25 anos precisará recuperar a condição técnica, prejudicada com o longo período fora dos gramados. Ele também receberá acompanhamento psicológico e nutricional.
Enquanto cumpriu pena em regime semi-aberto, Breno chegou a realizar alguns treinos no Bayern de Munique, onde trabalhava durante o dia. O jogador voltou ao Brasil na semana passada com seis quilos acima do ideal. A última partida oficial dele foi no dia 17 de abril de 2011, contra o Bayer Leverkusen, pelo Campeonato Alemão.
Breno será colocado gradativamente nos treinamentos do São Paulo. O plano do departamento físico consiste em fazer o zagueiro recuperar parte da musculatura nas primeiras semanas. Só depois ele será liberado para ir a campo e iniciar algumas atividades com bola. Caso apresente boa evolução e o Tricolor se classifique, pode aparecer a partir da segunda fase da Libertadores.
O técnico Muricy Ramalho evita até projetar uma data para a estreia do jogador com a camisa são-paulina. Em conversas com pessoas próximas, o treinador revelou que prevê, no mínimo, três meses de trabalho intenso para que o atleta esteja em boas condições de ser utilizado em partidas da equipe principal.
O São Paulo vai usar amistosos e jogos-treino da equipe sub-20 para que Breno volte a desenvolver a parte técnica. O clube quer que isso seja feito discretamente, sem a presença da imprensa, para que a atuação não gere expectativa.
Em dezembro de 2012, já preso na Alemanha, Breno assinou um contrato com o São Paulo para receber uma ajuda de custo. O vínculo, válido até outubro de 2015, deve ser prorrogado depois que ele retornar aos treinamentos. 
Com Breno sem previsão para atuar, o São Paulo ainda busca um zagueiro. De acordo com o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, o clube pode trazer dois jogadores do mercado internacional em janeiro. Os nomes não foram revelados. O atual elenco conta com Rafael Toloi, Antônio Carlos, Edson Silva, Paulo Miranda, Lucão e a partir de janeiro terá Rodrigo Caio, em recuperação de uma cirurgia no joelho esquerdo. 
O Tricolor está no Grupo 2 da Libertadores, ao lado do atual campeão San Lorenzo, da Argentina, do Danubio, do Uruguai, e do vencedor do confronto entre Corinthians e Once Caldas, da Colômbia.

Rodrigo Caio treina até nas férias e tenta acelerar retorno aos gramados


Rodrigo Caio São Paulo (Foto: Divulgação)
Rodrigo Caio quer ganhar tempo na recuperação da lesão que sofreu no joelho esquerdo. Apesar de ter sido liberado pelo departamento médico do São Paulo para as férias, o jogador vem treinando diariamente para acelerar a recuperação após ser submetido a uma cirurgia.
O zagueiro e volante passa férias com a família em Dracena, interior de São Paulo, e alterna os períodos de descanso com uma rotina de exercícios. Ele vem realizando trabalhos de reforço muscular e corridas na esteira. 
O jogador lesionou o joelho esquerdo no dia 2 de agosto, contra o Criciúma, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro, e precisou passar por uma cirurgia. O defensor vinha sendo um dos destaques do São Paulo na temporada. 
Na avaliação do departamento médico, Rodrigo Caio deve ser liberado para treinos com o elenco e jogos entre fevereiro e março. Com isso, é provável que seja inscrito pelo técnico Muricy Ramalho para disputar a fase de grupos da Taça Libertadores.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Penalty reprova leilão do São Paulo entre Under Armour e Puma e ameaça processo


Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, exibe uniforme da Penalty para Rogério Ceni 
Em agosto fechado com a Puma, em dezembro fechado com a Under Armour, o São Paulo comprou uma briga com a Penalty, com quem tem contrato vigente até dezembro de 2015 e até agora nenhum acordo para rescisão amigável antes disso, que deve acabar na Justiça. Ao blog, um executivo da fabricante de materiais esportivos disse que a empresa “irá tomar ações jurídicas cabíveis” caso o clube concretize o plano de trocá-la por uma concorrente antes do término do contrato.

- Não dá mais para conversar com o São Paulo amigavelmente, diretamente. Agora vai ser de jurídico para jurídico, porque não existe mais o mínimo respeito – afirma este executivo.

Notícias de que o São Paulo substituirá a Penalty causam dois estragos na fornecedora: um em imagem, outro em vendas. Em primeiro lugar, a marca da fabricante é arranhada toda vez que uma concorrente aparece para tomar seu lugar. Em segundo, as vendas de materiais esportivos despencaram, pois torcedores aguardam a chegada da fornecedora seguinte para comprar a camisa mais recente possível. Hoje as vendas estão entre 15% e 20% da média mensal que a empresa tinha – se hipoteticamente o time comercializava 100 mil camisas tricolores por mês, hoje consegue apenas de 15 mil a 20 mil.

O São Paulo já dá como certa a troca pela Under Armour em maio do ano que vem, no início do Campeonato Brasileiro, mas ainda não avisou a Penalty sobre como irá romper o contrato válido até dezembro de 2015. Amigavelmente não haverá acordo, porque não interessa à empresa desistir da multa rescisória. Já a multa – com valor “significativo”, segundo este executivo da Penalty – pode ser paga pela nova fornecedora ou arcada pelo próprio clube, mas ambas opções são improváveis. O terceiro caminho seria a rescisão unilateral do contrato por parte do São Paulo, mas a Penalty crê estar resguardada.

Só há, no contrato, duas maneiras de o clube rasgá-lo por conta própria. Um deles é alegar que houve deficiência no abastecimento de materiais esportivos, mas a Penalty, com fábrica e distribuição próprias, já entregou até uniformes que serão usados pela equipe no Campeonato Paulista de 2015. Não há muito o que reclamar. Outro é alegar que houve atrasos nos pagamentos. Neste caso, ex-dirigentes são-paulinos, da gestão de Juvenal Juvêncio, chegaram a acusar a marca de atrasar várias parcelas em 2013, mas o executivo da marca ouvido pelo blog afirma que não há brecha, pois não houve atrasos.
A Penalty precisa pagar ao São Paulo um valor mínimo referente a royalties. Mesmo que o clube não venda uma peça sequer nas lojas, esta cifra precisa ser repassada ao cofre são-paulino. Este pagamento, diz o profissional, não atrasou. Depois, caso a venda de uniformes supere expectativas, há um percentual sobre a receita que a fornecedora precisa repassar ao time. Este valor excedente pode ser acumulado ao longo do ano e pago de uma vez, até o dia 31 de dezembro, se a empresa preferir. Antigos membros do departamento de marketing do clube não levaram em conta este detalhe do contrato e vazaram à imprensa que havia atrasos, além de ameaçar a Penalty de rescisão unilateral. A empresa pagou tudo no último dia do ano, conforme previsto em contrato, e não deu razão para que fosse afastada em 2014.

Oficialmente, nada será dito nem pelo São Paulo, nem pela Penalty. O motivo são as várias cláusulas de confidencialidade que possuem multas de até R$ 30 milhões. Por isso, toda vez que foram procurados pelo blog, Carlos Miguel Aidar, presidente do clube, Julio Casares, vice-presidente de marketing, e Ruy Barbosa, diretor de marketing, entre outros diretores e gerentes, disseram que não comentariam nada relacionado à troca de fornecedora: para não dar arma a uma possível oponente nos tribunais.

O leilão de Aidar
Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, ele próprio responsável por negociar a troca da fornecedora de materiais esportivos para 2015, conseguiu antipatia não só da Penalty como de executivos de alto escalão das duas outras fabricantes que demonstraram interesse no clube, Puma e Under Armour.

O primeiro desgaste veio com a Under Armour. Aidar começou a negociar com a filial brasileira da empresa americana no primeiro trimestre, logo depois do anúncio de sua chegada oficial ao Brasil. O cartola pedia, a cada rodada de reuniões, luvas e patrocínio mais altos. As conversas duraram meses, até que, em agosto, a Under Armour brasileira topou as condições impostas e fez uma proposta oficial que expirava ao fim daquele mês. O São Paulo, com uma concorrência em andamento, mais interessado em fechar com a Puma naquela ocasião, não respondeu. Naquele momento, conforme reportou o blog, executivos da marca no Brasil, incomodados com a postura do São Paulo, depois de a proposta expirar sem nenhuma resposta, encerraram negociações e tiraram o time de campo.

Depois, Aidar atravessou a filial brasileira da Under Armour e passou a negociar diretamente com executivos da matriz, em Baltimore, nos Estados Unidos. A estratégia funcionou. A empresa voltou ao jogo e acertou um acordo de cinco anos no qual pagará R$ 15 milhões anuais, acima dos R$ 13 milhões que a Penalty paga, em dinheiro, ao São Paulo. Os executivos brasileiros, daqui, não participaram da negociação, mas tiveram de viajar aos EUA na primeira quinzena deste mês de dezembro e foram envolvidos no assunto depois que Aidar e os executivos da matriz se entenderam.

Foi aí que a Puma se descontentou. A empresa havia vencido a concorrência feita pelo São Paulo em agosto e assinado uma espécie de pré-contrato – Aidar o chama de “carta de intenções” – que lhe asseguraria o fornecimento de materiais esportivos do São Paulo assim que o contrato com a Penalty, antecipadamente ou não, terminasse. Como teve retorno positivo da Under Armour em Baltimore, o cartola ignorou este acordo tratado com Fábio Espejo, presidente da Puma no Brasil, e prosseguiu com o leilão. O executivo se irritou, e a marca alemã divulgou o acordo apalavrado em agosto.

Aidar tentou, com a Puma, repetir a estratégia que lhe rendeu o contrato com a Under Armour. O presidente do São Paulo também atravessou a filial brasileira da marca alemã e procurou executivos estrangeiros. Foram contatados por ele Carlos Laje, diretor da Puma para América Latina que despacha de Santiago, no Chile, e Jochen Zeitz, alemão que foi presidente e CEO da Puma por 18 anos e que hoje é membro do conselho da Kering. Este grupo é dono da Puma e de várias outras marcas de moda e vestuário. Não funcionou. Ambos encaminharam o dirigente são-paulino para Espejo. A manobra frustrada foi relatada ao blog por fonte ligada à Puma e confirmada pelo executivo da Penalty.

O leilão feito por Aidar pode lhe presentear um contrato de materiais esportivos da Under Armour com reajuste em relação ao que paga a Penalty, cerca de R$ 2 milhões anuais acima, o mais lucrativo que o clube já teve, mas também pode colocar o São Paulo na Justiça contra duas empresas diferentes – perante a Penalty, prejudicada pela boataria sobre sua saída, e diante da Puma, com quem assinou pré-contrato (ou carta de intenções, como queira chamar o presidente são-paulino) não respeitado. Fato é que a imagem do cartola – e da gestão dele – já está arranhada em todas as três empresas.

São Paulo entra em acordo e espera assinar com Thiago Mendes na sexta


Thiago Mendes - volante do Goiás (Foto: Reprodução / PFC)
O São Paulo espera definir a contratação do volante Thiago Mendes, do Goiás, na manhã desta sexta-feira. Durante a tarde desta quinta, a diretoria entrou em acordo com seu empresário e deixou a negociação bem definida, restando detalhes burocráticos. A chegada do jogador à capital paulista deve definir a situação. Aos 22 anos, ele chamou atenção durante o Campeonato Brasileiro e também está na mira do Palmeiras, primeiro a fazer uma proposta oficial.
Até quarta-feira, somente o Verdão e um clube da Ucrânia haviam formalizado uma oferta pelo atleta. O São Paulo entrou na jogada com força e a tendência é que seja o vencedor. O empresário Meer Kaufmann passou o dia no CT da Barra Funda. Sua empresa, a Liga Participações, detém 20% dos direitos econômicos de Thiago Mendes. À Luppi Participações pertencem 40%, mesmo "pedaço" que o São Paulo deve adquirir do Goiás.
O presidente Sergio Rassi afirmou que o Goiás irá receber R$ 6,1 milhões à vista, e que estava nas mãos do jogador decidir se defenderia São Paulo ou Palmeiras a partir de 2015.
A disputa relembra um ano acirrado com o vizinho, que começou com a contratação do atacante Alan Kardec, após o Palmeiras não entrar em acordo financeiro para renovar seu contrato. O volante Wesley, cujo vínculo atual termina em março, será o próximo a trocar o Verdão pelo Tricolor, que está próximo de anunciar Thiago Mendes.
- Não disputamos nada com o Palmeiras. Contratei um jogador (Alan Kardec) porque eles não pagaram o que ele queria, e eu paguei. O Wesley é jogador do Palmeiras. A única coisa que o São Paulo disputa com o Palmeiras é o Paulista e o Brasileiro - disse o presidente Carlos Miguel Aidar na quarta-feira.
O presidente Paulo Nobre até pediu que o volante Amaral, companheiro de Thiago no esmeraldino e primeiro reforço para 2015, tentasse convencê-lo a jogar no Verdão. Mas o apelo da Luppi, que já é parceira do São Paulo nos direitos do zagueiro Rafael Toloi, foi mais forte. Na visão da empresa, atuar no Morumbi pode influenciar mais em sua valorização. 
Thiago Mendes é volante, mas também atua como meia, mais aberto pelo campo. Caso o negócio se concretize, ele será o terceiro reforço do São Paulo, depois do lateral-direito Bruno e do lateral-esquerdo Carlinhos, ambos vindos do Fluminense.

Com Bruno e Carlinhos, Tricolor tenta acabar com maldição das laterais


montagem Bruno e Carlinhos (Foto: Site Oficial / saopaulofc.net)

Muda o ano, mudam as peças, mas ninguém consegue se firmar nas laterais do São Paulo. Para 2015, dois jogadores foram contratados: Bruno e Carlinhos - ambos estavam no Fluminense. E a expectativa é que finalmente o time pare de ter problemas nessas posições. Missão complicada para o técnico Muricy Ramalho. Nos últimos anos, 31 atletas foram testados nos dois setores. E de
diferentes perfis. Crias da base, jogadores experientes, reforços do exterior. Ninguém vingou.
Pelo lado direito, desde Cicinho, em 2004 e 2005, e Ilsinho, em 2006 e 2007, ninguém tem boa sequência. Foram tantos erros que o clube recorreu a ambos em diferentes períodos. O primeiro foi chamado novamente em 2010 e não teve o mesmo rendimento. O mesmo ocorreu com Ilsinho, bicampeão brasileiro em 2006 e 2007. Ele retornou em 2010/2011 e não foi bem.
Chama a atenção jogadores que ficaram muito tempo e atuaram pouco pelo lado direito, caso do equatoriano Reasco, que com graves lesões disputou apenas 25 partidas. Ou atletas que vieram de contrapeso de outras negociações, como Edson Ratinho - chegou junto com Rivaldo e jogou apenas uma vez. Mesmo número de Maurinho, lateral que se destacou no Cruzeiro e no Santos, mas que sofreu grave contusão e praticamente encerrou carreira por conta disso.
De todos os utilizados, quem mais teve sequência foi Douglas, hoje no Barcelona. Foram 132 jogos e seis gols marcados. Só que ele não tinha muito prestígio com o torcedor. Alguns até comemoraram sua negociação com o clube catalão. Em 2014, Auro e Luis Ricardo também jogaram, mas não se firmaram. Tanto que o volante Hudson foi quem se destacou no setor. O improviso foi comum nos últimos anos. Jean, Rodrigo Caio, Paulo Miranda, Souza, Zé Luiz...
Bruno já esteve na mira do São Paulo anteriormente. Foi no final de 2011, quando estava no Figueirense e foi eleito um dos três melhores jogadores da posição no Campeonato Brasileiro.O Tricolor abriu negociação, mas perdeu para o Fluminense. Com vínculo de dois anos, Muricy acredita que o defensor terá tempo e potencial suficientes para se destacar.
Na esquerda, o último incontestável na posição foi Júnior. Ele ganhou quase tudo que disputou de 2005 a 2008. Com peças da base e apostas do futebol brasileiro, ninguém deu certo. O clube chegou a gastar R$ 7 milhões para contratar Cortez, rebaixado com o Criciúma este ano. Ele, aliás, voltará do empréstimo, mas não deve ser utilizado. Quem teve a maior sequência foi Junior Cesar, com 100 jogos, a maioria sob comando de Ricardo Gomes.
Nessa posição, o nome de maior polêmica é o do argentino Clemente Rodriguez, contratado por Adalberto Baptista com salários estimados em R$ 130 mil mensais e vínculo até junho de 2015. Sem espaço, ele treina em horários alternativos no CT de Cotia. A meta da diretoria é buscar um acordo para que ele rescinda o acordo e siga sua carreira.
Outro que pode sair é Alvaro Pereira. Elogiado pela sua raça, o uruguaio caiu muito de rendimento no segundo semestre de 2014. No Brasileiro, chegou a 13 cartões amarelos em 21 partidas disputadas. Emprestado até junho de 2015, já foi avisado pela diretoria que não será contratado em definitivo. O Palmeiras tem interesse no atleta. Até por isso, Muricy Ramalho pediu a chegada de Carlinhos, já que Reinaldo, a terceira opção, não empolga.

Puma revela acordo com Tricolor e diz que Aidar indicou namorada; ele nega


Carlos Miguel Aidar São Paulo (Foto: Alexandre Lozetti)
A Puma divulgou nesta quinta-feira um comunicado em que revela ter assinado um acordo no último dia 28 de agosto para substituir a Penalty como fornecedora de material esportivo do São Paulo. O contrato com a atual parceira só termina no fim de 2015, mas há alguns meses o clube tenta antecipar o prazo. Segundo a Puma, o acordo com o Tricolor passaria a valer assim que fosse encerrado o atual contrato com a Penalty. O São Paulo diz que o acordo com a Puma era apenas uma "carta de intenções" e não tem mais validade. A Under Armour será a substituta da Penalty.
Em nota, a Puma diz que o primeiro contato com o São Paulo foi feito em 2013, na gestão do ex-presidente Juvenal Juvêncio. No dia 5 de agosto, o clube teria convidado a empresa alemã para participar da concorrência para assumir o fornecimento de material esportivo. No dia 28, a diretoria comunicou a Puma da vitória, de acordo com o comunicado divulgado.
Segundo Carlos Miguel Aidar, atual presidente do Tricolor, o acordo não tem mais valor.
 - Era uma carta de intenção cheia de rasuras manuscritas, onde está escrito que esse documento teria validade depois de três condições serem preenchidas: a rescisão com a Penalty, a substituição deste acordo por um contrato formal e uma outra condição ligada a propriedades do estádio. Isso teria de ser assinado até uma data e não foi, o prazo venceu. Eu chamei o Fábio Espejo, presidente da Puma, e disse que ele estava desobrigado, assim como o São Paulo. Não tenho nada a ver com a Puma - afirmou.
A diretoria do Tricolor afirmou que o prazo estipulado para o acordo se transformar num contrato formal era de 30 dias.
Namorada de Aidar entrou como "convidada"
A nota diz ainda que Cinira Maturana, namorada de Aidar e dona de uma empresa de consultoria contratada pelo São Paulo para levar negócios ao clube, participou das primeiras reuniões na condição de "convidada" do presidente. Só depois da assinatura do acordo, ele a teria indicado para fazer a transição da Penalty para a Puma. Ou seja, tentar antecipar a rescisão com a atual fornecedora.
- Não procede. A Cinira trocou e-mails com o presidente da Puma, tentou negociar, era uma proposta muito inferior à que recebemos posteriormente, trazida pelo Júlio Casares (vice-presidente de marketing). A Cinira também trocou e-mails com a Nike, e outros dois conselheiros falaram com a Adidas. Eu excluí da negociação porque surgiu uma oportunidade melhor - respondeu o presidente do São Paulo, que, posteriormente, divulgou nota (veja abaixo) sustentando que era Cinira quem coordenava as conversas com a Puma.
Aidar não admite, mas essa oportunidade a qual ele se refere é o acordo com a Under Armour, empresa norte-americana que deverá assumir a camisa do São Paulo a partir do Campeonato Brasileiro do ano que vem. A negociação é conduzida sob cláusula de confidencialidade. A Puma deu a entender, na nota, que poderá ir à Justiça reivindicar seus direitos.
Confira a íntegra da nota da empresa:
"A PUMA vem a público informar que o relacionamento com o SPFC foi iniciado no ano de 2013 através do então vice-presidente geral, Sr. Roberto Natel. No dia 5 de agosto de 2014, a PUMA foi convidada a participar da concorrência para assumir o patrocínio e fornecimento de material esportivo do clube. Representaram o SPFC nas negociações: Sr. Gilberto Ratto, atual diretor de marketing da CBF e ex-gerente de marketing do clube paulista; e Sr. Ruy Barbosa, diretor de marketing do São Paulo. Na mesma data, a PUMA foi informada sobre a existência de mais um concorrente. 
Em 28 de agosto de 2014, a marca foi informada pelo SPFC que havia sido a vencedora da concorrência para o patrocínio e fornecimento de material esportivo do clube. No mesmo dia, os representantes do SPFC e da PUMA assinaram o acordo, que passaria a vigorar assim que terminado, de forma antecipada ou não, o contrato do atual fornecedor de material esportivo. A Sra. Cinira Maturana esteve presente em algumas reuniões tão somente como convidada do presidente do clube. 
Este acordo previa o respeitoso término do contrato do atual fornecedor de material esportivo, uma vez que a PUMA sempre respeita os contratos vigentes dos seus concorrentes.
Somente depois de assinado o acordo, a pedido do presidente do clube, a Sra. Cinira Maturana foi indicada como pessoa de contato para a transição entre o fornecedor atual do clube e a PUMA.
Maiores detalhes serão expostos em fórum apropriado."
Horas depois da nota da Puma, o São Paulo divulgou sua versão:
Em relação à nota divulgada hoje, 18/12/14, pela fabricante de material esportiva Puma, o São Paulo Futebol Clube esclarece:

1 – Várias conversas entre a empresa e o clube aconteceram e nelas a Puma manifestava seu desejo de vir a ser a fornecedora de materiais esportivos para o São Paulo;

2 – As negociações entre as duas  instituições foram coordenadas pela sra. Cinira Maturana, como já foi divulgado em entrevista coletiva na data de ontem, no Morumbi;

3 – Em determinado ponto das negociações, os presidentes da Puma, sr. Fábio Espejo, e o do São Paulo Futebol Clube, Carlos Miguel Aidar, decidiram assinar uma “Carta de Intenções”;

4 – Esse documento indicava que a Puma poderia vir a ser a fornecedora de material esportivo para o São Paulo, desde que respeitadas algumas cláusulas condicionantes, entre elas:

a – Que o contrato com a Penalty, atual fornecedora fosse extinto, concluído ou rescindido, o que não ocorreu;

b – Que um contrato trazendo os termos definitivos de um eventual acordo fosse assinado até meados de setembro, o que também não aconteceu;

5 – Por entender que outras oportunidades mais vantajosas para o São Paulo surgiram e respeitando a vigência do contrato com a Penalty, o São Paulo Futebol Clube decidiu não concretizar o negócio com a fabricante alemã;

6 -  Assim que o prazo previsto na “Carta de Intenções” expirou, o presidente Carlos Miguel Aidar, em sua sala no Morumbi, na presença do Diretor Jurídico, Leonardo Serafim, comunicou pessoalmente o presidente da Puma, Fábio Espejo, que a assinatura do Contrato definitivo não se concretizaria; ato contínuo o executivo da Puma recebeu em mãos um documento com essa informação, mas decidiu não assina-lo, para atestar a entrega. 

7 – O São Paulo Futebol Clube lamenta que o fracasso das negociações entre o clube e a Puma do Brasil tenham levado à demissão do responsável pela área de marketing da empresa alemã, bem como compreende que o presidente da Puma no Brasil, sr. Fábio Espejo, em situação delicada e fragilizada na relação com a matriz da Puma, por não ter conseguido concluir o negócio satisfatoriamente;

8 – O São Paulo reitera que a fornecedora oficial de material esportiva para o São Paulo é a Penalty.  

Alvaro Pereira tem apoio de vizinhos para trocar São Paulo por Palmeiras


Alvaro Pereira São Paulo (Foto: site oficial / saopaulofc.net)
Chateado com o fato de o São Paulo não ter demonstrado interesse em mantê-lo no grupo para a próxima temporada, o uruguaio Alvaro Pereira começou a ver com bons olhos uma transferência para o Palmeiras. A convivência com os compatriotas Eguren e Victorino, que pertencem ao rival, pesou a favor. Eles moram no mesmo condomínio, em São Paulo.

Até por isso, deixar a capital paulista não está nos planos do lateral-esquerdo, que gostou de morar na cidade. Esse é outro motivo que pode facilitar a transferência para o Palmeiras. De férias, ele acompanha de longe as negociações, que já estão num estágio avançado.

O São Paulo já avisou ao atleta que não o contratará em definitivo - o lateral está emprestado pelo Internazionale até junho do ano que vem. Tal decisão incomodou Pereira, que ainda viu a diretoria tricolor acertar com Carlinhos, ex-Fluminense, concorrente na lateral esquerda.

Na última quarta-feira, o presidente Carlos Miguel Aidar afirmou, em entrevista coletiva no Morumbi, que não vai dificultar a saída do uruguaio. O Palmeiras, porém, precisa do aval dos italianos para definir a contratação.

Apesar do apoio dos compatriotas Victorino e Eguren, Alvaro poderá perder a companhia deles caso feche com o Palmeiras. Ambos têm contrato somente até o fim deste ano, e dificilmente continuarão em 2015. O zagueiro pertence ao Cruzeiro e será devolvido, enquanto o volante ficará livre para negociar com outras equipes.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Contratação de Wesley volta a expor divisão entre Muricy e vice de futebol


Wesley Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Técnico faz a indicação, presidente aprova (e comemora nova estocada no rival), mas deixa Ataíde Gil Guerreiro contrariado; Lugano foi o primeiro motivo de divergência O volante Wesley assinou por três anos com o São Paulo, mas sua contratação não foi consenso no clube e provocou discussões entre membros da cúpula tricolor. De um lado, ficaram o presidente Carlos Miguel Aidar e o técnico Muricy Ramalho, que forçou a barra para que o atleta fosse contratado. Do outro, ficou o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, que não queria o atleta, mas foi obrigado a aceitar a sua chegada.
Desde o início, Ataíde questionou o custo-benefício da negociação. Argumentava que Wesley era um jogador de salário alto (cerca de R$ 280 mil mensais) e que não havia sentido pagar tanto por um jogador que vai brigar pela posição no meio-campo, já que os volantes titulares são Souza e Denilson. Além disso, o dirigente elogiou as outras opções para a posição: Hudson, Maicon e Rodrigo Caio, que se recupera de lesão no joelho esquerdo e logo estará à disposição.
Ataíde, porém, foi voto vencido. Muricy destacou a versatilidade de Wesley, que pode jogar em qualquer posição do meio-campo e ainda atuar como lateral-direito. Além de achar o jogador útil, Carlos Miguel Aidar viu mais uma oportunidade de dar uma estocada no desafeto Paulo Nobre, com quem se desentendeu após ter tirado Alan Kardec do Palestra Itália. Até hoje, os presidentes estão com as relações cortadas. 
O caso de Wesley é só mais uma farpa na relação entre Muricy Ramalho e Ataíde Gil Guerreiro, que já se estranharam várias vezes. A última foi quando o treinador pediu a contratação de Edu Dracena, do Santos, para a temporada 2015. O vice de futebol não concordou e vetou o atleta. Disse que, se fosse para trazer um zagueiro veterano, contrataria Lugano, que está sem clube desde a Copa do Mundo. Mesmo assim, afirmou que, apesar de todos no clube serem favoráveis ao uruguaio, ele é quem manda no departamento de futebol e, por isso, não o contrataria.
O dirigente também já teve uma conversa com o treinador para que ele pare de usar a imprensa para mandar recados sobre contratação de reforços. Muricy costuma dizer que os dirigentes precisam andar mais rápido para montar o elenco. 
É nesse clima que Wesley chegará ao São Paulo. Apesar de ter contrato com o Palmeiras até fevereiro de 2015, é grande a chance de ele ser liberado antes, para que o Alviverde economize R$ 500 mil, referentes aos dois meses de salários. Com isso, o meio-campista já deve realizar a pré-temporada no CT da Barra Funda.

Breno é libertado na Alemanha e já pode voltar ao Brasil


Breno, a esposa Renata e o filho Pietro (Foto: Raphael Honório)
Zagueiro, que cumpriu pena por ter ateado fogo à própria casa, deverá viajar até sábado. Ele tem contrato com o São Paulo e vai se apresentar para a pré-temporada O zagueiro Breno está fora da prisão em Munique e deve deixar a Alemanha até o dia 20 de dezembro. O jogador foi condenado a três anos e nove meses por ter incendiado sua própria casa, mas conseguiu ser libertado antes do tempo por bom comportamento. O ex-zagueiro, que acertou contrato com o São Paulo até outubro, cumpriu dois terços da pena a que foi condenado em 4 de julho de 2012 por incêndio intencional. De acordo com o jornal "Bild", o jogador já se despediu dos amigos na Alemanha. Após as festas de fim de ano, ele deverá se apresentar ao Tricolor para a pré-temporada, que começa no dia 8 de janeiro. 
As autoridades de imigração da Alemanha concederam ao atleta o "Beanstandungsfrei", que é quando a pessoa está livre de qualquer queixa ou reclamação pelo tempo em que esteve detido. 
O advogado de Breno explicou que estrangeiros que cometem crimes na Alemanha, uma vez tendo cumprido sua pena, são imediatamente deportados para o seu país de origem. Mas este não será o caso de Breno, já que o jogador teve bom comportamento conseguiu a ressocialização trabalhando no clube.
Breno vinha cumprindo o sistema de regime semiaberto em Munique. De dia trabalhava no setor administrativo do clube bávaro e à noite dormia na prisão. O jogador esteve no clube nesta sexta-feira, provavelmente pela última vez. O zagueiro se despediu dos funcionários e dos jogadores do Munique.

O jogador deve passar o Natal no Brasil com sua família. A mulher Renata e os quatro filhos. A mais nova, Brenda, tem apenas cinco meses. 

Aidar procura executivo para acalmar a crise financeira do São Paulo

Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo (Foto: Leandro Martins / Futura Press / Agência Estado)
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, presidente do São Paulo afirma também que vai censurar diretoria e mandar embora quem tiver dois "faróis vermelhos" 
Depois de sete meses na presidência do São Paulo, Carlos Miguel Aidar já tem em mente todo o plano para tentar acabar com as dívidas do Tricolor. Este ano, por exemplo, o clube do Morumbi fechou com déficit de quase R$ 100 milhões. Assustado com a crise financeira tricolor, Aidar prega mais transparência, algo que ele não via em Juvenal Juvêncio, ex-aliado e agora desafeto.
- A grande dificuldade é que não se trabalhava, no passado, com informação e transparência. Quem começou a abrir o São Paulo fui eu. Acho que a transparência da gestão é fundamental. Hoje, dou informação sobre tudo: quantos sócios o clube tem, quanto se gasta com futebol, quanto custa o estádio, a parte social - falou Aidar, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
Ao falar sobre o ex-presidente Juvenal Juvêncio, Aidar já foi mais incisivo em outras entrevistas. Nessa, ele foi curto e grosso sobre a relação com o antigo aliado.   
- O relacionamento deixou de existir. O Juvenal foi meu amigo durante 30 anos.
O novo presidente quer cada vez mais profissionalizar o São Paulo. Pretende contratar um executivo para tocar o dia a dia do clube, um diretor financeiro e outro de operações. A ideia de Aidar é fazer o Tricolor "quase" uma empresa.
- Eu estou criando uma estrutura que não existe em nenhum clube de futebol. Porque todos eles são sociedades civis sem fins lucrativos, e eu estou começando a trabalhar como se o São Paulo fosse uma sociedade de capital aberto. Por exemplo: vou passar a censurar diretor que fala demais. Porque, para ficar bem na fita, muito diretor passa informação adiante que pode complicar o andamento de um negócio. Só tem uma maneira de evitar que esse tipo de coisa aconteça: imprimir uma gestão profissional. E como fazer isso? Tenho dois headhunters no mercado à procura de um CEO (executivo). E vou contratar também um CFO (financeiro) e um COO (operações). Quero montar nesse tripé o dia a dia da gestão do clube - acrescentou.
Quem assumir essas funções vai viver na berlinda, de acordo com a política a ser implementada pelo presidente Carlos Miguel Aidar, aquele que vacilar está fora. 
- A cada três meses, os diretores receberão um farol: verde, amarelou ou vermelho. Quem repetir duas vezes o vermelho está fora, tchau e bênção, é trocado por outro. A escolha é minha, eu que convido os diretores. Vou criar uma política de compliance no São Paulo - finalizou o presidente.

Em ano sem título, São Paulo sofre com constantes mudanças na defesa


Muricy Ramalho (Foto: Marcos Ribolli)
Muricy Ramalho formou a zaga seis defensores diferentes durante 2014. Com a chegada de Breno, setor pode ser modificado mais uma vez Apesar de ter terminado o Campeonato Brasileiro de 2014 na segunda posição e com a sexta defesa menos vazada, com 40 gols em 38 jogos, o São Paulo enfrentou dificuldades com a irregularidade de sua zaga, o que tem acarretado seguidas trocas no setor. O técnico Muricy Ramalho começou a temporada com Rodrigo Caio e Antônio Carlos, que perderam espaço por lesões, também chegou a escalar Lucão e Paulo Miranda, que não se firmaram, e terminou o ano com Edson Silva e Rafael Toloi. 
Para 2015, a defesa do Tricolor deve ter mais uma alteração. O zagueiro Breno, de 25 anos, que estava preso na Alemanha por incendiar sua casa, foi libertado e volta ao Brasil nesta semana. Ele já acertou um contrato com o Tricolor até outubro.
Muricy ainda requisitou a contratação de Edu Dracena, do Santos, mas o zagueiro foi vetado por Ataíde Guerreiro, vice-presidente de futebol do clube. A torcida, em vários jogos da temporada, pediu a contratação de Diego Lugano, ídolo e campeão mundial em 2005, porém os dirigentes também não aprovaram a ideia.
As outras posições do sistema defensivo também preocupam. Na lateral esquerda, Alvaro Pereira terminou a temporada em baixa e pode deixar o clube antes mesmo do fim de seu empréstimo (Carlinhos foi contratado para reforçar o setor). Na direita, Paulo Miranda foi improvisado em diversos jogos, mas não agradou, e Auro é considerado imaturo por Muricy. 
A realidade atual da zaga tricolor contrasta com o sólido sistema defensivo que Muricy  montou no tricampeonato brasileiro que conquistou com o São Paulo em 2006 (Fabão, Miranda e André Dias), 2007 (Breno, André Dias e Miranda) e 2008 (Miranda e André Dias). 

Vice de futebol do São Paulo está otimista com conversas por reforços


Ataide Gil Guerreiro São Paulo (Foto: Alexandre Lozetti)
Ataíde Gil Guerreiro diz que Tricolor corre atrás de jogadores para três posições. Para a vaga de Kaká, são duas alternativas. Meta é fechar elenco antes da reapresentação
Depois de anunciar a chegada do lateral-esquerdo Carlinhos, que estava no Fluminense, a diretoria do São Paulo quer reforçar o time em mais três posições para fechar o grupo que tentará acabar com o jejum de títulos na próxima temporada. O vice-presidente de futebol do clube, Ataíde Gil Guerreiro, disse que a meta é que o elenco esteja completo na reapresentação, em 8 de janeiro.
- Isso é o que queremos. Sabemos das dificuldades, mas estamos trabalhando para isso. Estou negociando com jogadores para três posições e estou muito otimista. Não posso revelar nomes porque isso atrapalha, mas são peças que, sem dúvida, vão deixar a nossa equipe ainda mais competitiva - afirmou o dirigente. Além dele, o gerente Gustavo Vieira de Oliveira também trabalha na busca por novos jogadores.
Uma das posições carentes é a lateral-direita. Ataíde revela que a peça indicada por Muricy Ramalho já estava apalavrada com outro clube quando o São Paulo apareceu para negociar.
- Queríamos o Fabiano, lateral da Chapecoense. Mas, quando fomos conversar com o presidente, ele afirmou que havíamos chegado tarde e que ele já estava acertado com o Cruzeiro - ressaltou.
A chegada de um meia também é visto como fundamental por Ataíde Gil Guerreiro, principalmente porque Kaká seguiu para o Orlando City após o término do seu contrato de empréstimo.
- Aqui, temos um plano A e um plano B. São atletas muito interessantes. São negociações mais complicadas, mas estamos trabalhando diariamente para que tudo esteja pronto para o Muricy começar seu trabalho na pré-temporada - explicou o dirigente.
A pressa em formar o elenco tem muito a ver com o grupo difícil no qual o São Paulo caiu na Taça Libertadores da América. Dois adversários já são conhecidos: San Lorenzo, da Argentina, e Danubio, do Uruguai. O terceiro pode ser uma equipe colombiana ou o Corinthians. 
Pela programação divulgada pelo Tricolor, a pré-temporada começará no dia 9 de janeiro, no CT da Barra Funda, um dia após a reapresentação. No dia 20 do mesmo mês, a delegação seguirá para Manaus, onde participará de um torneio contra Vasco e Flamengo, na Arena Amazônia. O primeiro jogo oficial de 2015 está marcado para o dia 1º de fevereiro, contra o Penapolense, em Penápolis, pelo Paulistão.

Atrás de lateral-direito, São Paulo analisa Sueliton; Muricy indica Bruno


Bruno (Fluminense) e Suélliton (Atlético-PR) (Foto: Editoria de Arte)
Diretoria busca informações sobre jogador do Atlético-PR. Já treinador pede a contratação de defensor que está no Fluminense O São Paulo busca reforçar a lateral direita. Com poucas opções, o clube analisa jogadores no futebol brasileiro e no exterior. Entre os que atuam no Brasil, dois são conhecidos: Bruno, do Fluminense, indicado por Muricy Ramalho, e Sueliton, do Atlético-PR, que está sendo analisado pela diretoria.
Bruno esteve na mira do Tricolor no final de 2011, quando se destacou no Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano. Só que o Fluminense foi mais rápido e fechou com o atleta por três anos. O vínculo termina em dezembro de 2015. O que pode ajudar o time paulista é que o atleta é empresariado por Eduardo Uram, que tem excelente relacionamento com a diretoria tricolor e chegou a ter seis atletas no elenco tricolor. Hoje, são dois: o volante Maicon e o zagueiro Edson Silva.
Já Sueliton vem sendo observado desde que defendia o Criciúma. Ele atuou pelo Atlético-PR no Campeonato Brasileiro, mas a renovação contratual foi descartada pelo presidente Mário Celso Petraglia. O São Paulo busca informações sobre o comportamento do jogador fora de campo. A negociação seria fácil, já que os direitos pertencem ao empresário Cesar Botega, que já foi procurado pelo gerente de futebol do Tricolor, Gustavo Vieira de Oliveira.
Há tempos, a lateral direita causa problemas no São Paulo. Na atual temporada, Luis Ricardo foi contratado, não vingou e será emprestado. O garoto Auro é considero um atleta de muito potencial, mas que ainda precisa amadurecer para virar titular. Tanto que o volante Hudson, de maneira improvisada, se tornou dono da posição. 
De olho na temporada 2015, o São Paulo já fechou com o lateral-esquerdo Carlinhos, ex-Fluminense. Além de um ala direito, o clube ainda busca um meia e um atacante que atue pelas pontas, já que Osvaldo deve ser negociado. Embora a diretoria negue, o volante Wesley, que está de saída do Palmeiras, pode fechar a qualquer momento.

São Paulo sonda Conca para realizar sonho de Muricy; alto salário atrapalha


Conca treino Fluminense (Foto: Fernando Cazaes / Photocamera)
Saída de principal patrocinador do Fluminense dá esperanças ao time paulista em contar com o argentino. Em outras ocasiões, o time do Morumbi tentou contratá-lo  Kaká foi para o Orlando City e Muricy Ramalho sonha com um velho conhecido para ser o companheiro de Paulo Henrique Ganso no meio-campo do São Paulo em 2015: Dario Conca. O treinador e o argentino foram campeões brasileiros em 2010, com o Fluminense. A negociação, porém,  é complicada por conta do alto salário do jogador no time carioca (R$ 750 mil mensais). Mas o Tricolor observa atentamente os acontecimentos no clube das Laranjeiras, que perdeu seu principal patrocinador. A Unimed era responsável pelo pagamento dos direitos de imagem de suas principais estrelas, agora com futuro indefinido. 
Pessoas ligadas ao clube do Morumbi disseram que o jogador interessa, desde que aceite reduzir as pretensões salariais. Hoje, somente dois atletas recebem vencimentos perto de R$ 500 mil mensais: Rogério Ceni e Luis Fabiano. Alexandre Pato, emprestado pelo Corinthians, ganha R$ 400 mil mensais. Conca teria de se enquadrar nessa realidade.
Essa não é a primeira vez que o clube se interessa por Conca, de 31 anos. Quando ele ainda atuava no River Plate (ARG), o São Paulo foi atrás e os argentinos pediram US$ 250 mil pelo empréstimo (R$ 600 mil reais). O clube não quis pagar e ele foi para o Vasco em 2007. Na sequência, não houve acordo para que ele permanecesse em São Januário. O São Paulo novamente se interessou, fez uma proposta, mas, na "hora H", o presidente Juvenal Juvêncio resolveu ligar para alguns técnicos amigos para escutar referências do gringo. E Cuca, que hoje trabalha no futebol chinês, disse que o jogador não valia o investimento. O Tricolor desistiu.
O advogado do jogador, Marcos Motta, disse que, apesar de tudo que está acontecendo no Fluminense, o jogador pretende cumprir seu contrato.
- Ele tem vínculo até janeiro de 2017 - afirmou o advogado.
O que pode mudar a situação é que, apesar de oficialmente ter garantido que honrará os pagamentos dos direitos de imagem dos contratos existentes, Celso Barros, presidente da Unimed, notificará os atletas que não será mais o responsável. É do interesse dele que Conca se transfira, afinal ficaria livre de pagar R$ 12 milhões, valor que o atleta teria direito a receber até o final do seu vínculo. E o Fluminense, sozinho, não tem como arcar com o montante. 
De olho na temporada 2015, o São Paulo já fechou com o lateral-esquerdo Carlinhos, ex-Flu. O clube ainda busca um lateral-direito, um meia e um atacante que atue pelas pontas, já que Osvaldo deve ser negociado. E, embora a diretoria negue, Wesley, que está de saída do Palmeiras, pode fechar a qualquer momento.

São Paulo espera distrato de Wesley com Palmeiras para anunciar reforço


Wesley (Foto: Fabricio Crepaldi)
Volante já assinou acordo de três anos com o clube do Morumbi. Agente se reunirá com presidente alviverde para tentar liberação antecipada O São Paulo ainda não pode anunciar, mas o volante Wesley já assinou um pré-contrato de três anos com o clube do Morumbi, que só poderá confirmar o reforço quando ele se desligar do Palmeiras. O vínculo do meio-campista com o Verdão vence no fim de fevereiro, mas ele poderá ser liberado antes. O empresário de Wesley, Hugo Garcia, está na Espanha. Assim que voltar,  se reunirá com Paulo Nobre, presidente do Palmeiras, para tentar antecipar o fim do acordo. O que pode facilitar essa negociação é que o Verdão economizaria aproximadamente R$ 500 mil, relativos aos dois meses de salário. 
Apesar de ter tudo certo com o São Paulo, Wesley se recusa a falar do assunto enquanto o anúncio não puder ser feito. Na última quinta-feira, durante jogo beneficente em Barueri, na Grande São Paulo, o jogador não quis confirmar o acordo. 
- Tenho contrato até fevereiro, os profissionais é que vão decidir - disse.
A contratação de Wesley foi um pedido do técnico Muricy Ramalho, que vê no reforço um atleta versátil, capaz de jogar em qualquer posição do meio-campo e também na lateral direita. O presidente Carlos Miguel Aidar aprovou a ideia, e as negociações com os representantes do jogador começaram pouco tempo após o Tricolor tirar Alan Kardec do Verdão. A troca de farpas entre os dois presidentes deixou o mandatário são-paulino ainda com mais vontade de fechar com o atleta.
Desde então, por diversas ocasiões, Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerreiro negaram veementemente a contratação de Wesley. Apenas jogo de cena. Com a chegada de Wesley, o São Paulo passa a ter seis volantes: Souza e Denilson, que atuaram como titulares em 2014, Hudson (que vem sendo aproveitado como lateral-direito), Maicon, Wesley e Rodrigo Caio, que se recupera de grave lesão no joelho esquerdo e também pode jogar na zaga.
Natural de Catanduva, no interior de São Paulo, Wesley tem 27 anos e foi revelado pelo Santos, pelo qual foi campeão paulista e da Copa do Brasil em 2010. Teve uma passagem por empréstimo no Atlético-PR e depois acabou negociado com o Werder Bremen, da Alemanha. Chegou ao Palmeiras em 2012, contratado por 6 milhões de euros. No Alviverde, disputou 103 partidas e marcou 12 gols, conquistando a Copa do Brasil de 2012 e o Brasileiro da Série B na temporada seguinte. 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Após derrota, Muricy Ramalho faz balanço positivo do ano: "Foi bom"


Muricy Ramalho Michel Bastos Sport x São Paulo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)
O São Paulo encerrou a temporada 2014 com uma má atuação e a derrota por 1 a 0 para o Sport, neste domingo, na Arena Pernambuco, pelo Campeonato Brasileiro. Vice-campeão nacional e eliminado nas semifinais da Copa Sul-Americana,  o técnico Muricy Ramalho entende que o Tricolor teve um ano para se orgulhar.
- Acho que foi um bom ano, chegamos entre os quatro na Copa Sul-Americana. Do ano passado para cá foi muito melhor. O time jogou bem, a torcida voltou a apoiar. Ser vice do Brasileiro é difícil - afirmou. 
O Tricolor encerra o Brasileirão com 70 pontos, dez abaixo do campeão Cruzeiro e um acima de Internacional e Corinthians, terceiro e quarto colocados, respectivamente. Se o título não veio, o clube pelo menos conseguiu uma vaga para voltar a disputar a Taça Libertadores a partir de fevereiro de 2015.
- Ano que vem, nosso foco é na Libertadores. Claro que não vamos largar o (Campeonato) Paulista. Vamos jogar sério, mas o objetivo é a Libertadores - disse.
Confira a entrevista coletiva de Muricy:
Pato 
Eles (Corinthians) emprestaram e pagam metade do salário até o ano que vem. É um jogador que precisa jogar. Ele ficou 40 dias sem jogar e perdeu muito ritmo. 

Substituto de Kaká 
O Michel Bastos faz essa função, mas também estamos procurando um meia, porque não podemos ter só um (Ganso). Ele vai fazer falta, mas isso estava definido, não tem nenhuma surpresa. Mas, com certeza, deve chegar mais alguém.  
Eduardo Baptista 
Ele tem isso no sangue, porque o pai dele é um grande treinador, um companheiro de profissão. Ele faz uma grande temporada e tem tudo para ser um grande treinador. Sou suspeito para falar porque peguei esse garoto no colo. 
Enfrentar o Corinthians na Libertadores 
Não penso no Corinthians. Penso no São Paulo.

Em silêncio, São Paulo lança e usa novos uniformes; veja os modelos

São Paulo Uniforme novo (Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)


Não houve festa, muito menos um evento com modelos e convidados ilustres. O tamanho da crise entre São Paulo e Penalty pode ser medido neste domingo. Sem nenhum anúncio oficial, o São Paulo foi a campo contra o Sport, na Arena Pernambuco, usando os uniformes que vestirão os jogadores na próxima temporada.

Minutos antes da partida, o departamento de comunicação do São Paulo divulgou em suas redes sociais uma foto do volante Denilson segurando a nova camisa número 1. O time a usou no primeiro tempo e voltou do intervalo trajando o uniforme 2.
Como o estatuto não permite alterações, as mudanças são mínimas. A camisa 1 ganhou detalhes nas cores do clube nas mangas e gola. Já na camisa 2, as listras verticais agora são mais grossas, com ombros vermelhos e gola branca. A fonte usada nos números também foi alterada.
São Paulo e Penalty estão em guerra. O presidente Carlos Miguel Aidar fala publicamente que o clube procura uma brecha para romper o contrato, válido até o fim de 2015. Os problemas aumentaram depois que a empresa convocou a imprensa para o lançamento da camisa que Rogério Ceni usaria para se aposentar - ele renovou com o clube.
Caso o departamento jurídico consiga encontrar uma forma de romper o vínculo, a nova camisa do São Paulo ficará pouco tempo em circulação. A ideia do clube é ter uma outra fornecedora de material esportivo a partir do Campeonato Brasileiro de 2015. A americana Under Armour é a favorita.,

Lateral Carlinhos, ex-Flu, acerta contrato de três anos com o São Paulo


Carlinhos, Fluminense (Foto: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.)
Jogador, que fará exames médicos amanhã, foi treinado por Muricy Ramalho no Flu. Prestes a completar 28 anos, ele é o primeiro reforço do São Paulo para 2015 O lateral-esquerdo Carlinhos é o primeiro reforço do São Paulo para 2015. Ele acertou contrato de três anos e fará exames médicos nesta segunda-feira. O jogador estava no Fluminense desde meados desde 2010. Chegou a ser treinado por Muricy Ramalho na equipe carioca. Seu contrato venceria no fim deste ano, mas ele já havia anunciado que deixaria o clube.
Como estava suspenso para enfrentar o Cruzeiro na última rodada, Carlinhos aproveitou para se despedir do Fluminense durante a semana passada. Ele era um nome de consenso entre a comissão técnica e a diretoria do São Paulo, que estava pessimista em razão da pedida salarial do lateral-esquerdo. No fim da semana, em nova investida, Carlinhos aceitou o que foi oferecido.
A contratação do jogador não implica, necessariamente, na saída de Alvaro Pereira, de acordo com membros da diretoria tricolor. O uruguaio terminou mal fisicamente a temporada, e durante o ano acumulou cartões. As convocações para a seleção também o tiraram de alguns jogos, em que acabou substituído por Reinaldo.
A chegada de Carlinhos é o primeiro passo de tornar o elenco mais poderoso, pedido de Muricy Ramalho e dos principais líderes do grupo, como Rogério Ceni, para a disputa da Libertadores.
O lateral-esquerdo vai completar 28 anos em janeiro. Revelado pelo Santos, foi bicampeão paulista em 2006 e 2007, e conquistou dois títulos brasileiros no Fluminense - 2010 e 2012. O jogador foi convocado por Mano Menezes para o Superclássico das Américas de 2012, quando apenas atletas que atuavam no Brasil e na Argentina podiam disputar o tradicional duelo.

São Paulo tenta a contratação de Cleiton Xavier para o lugar de Kaká


Cleiton Xavier Metalist (Foto: Agência Getty Images)
O técnico Muricy Ramalho tem na cabeça e na lista de reforços entregue à diretoria quem pode ser o substituto de Kaká no São Paulo. Um dos nomes que mais agrada ao treinador para reforçar o Tricolor na Taça Libertadores é o do meio-campista Cleiton Xavier, do Metalist, da Ucrânia. 
Muricy trabalhou com o jogador no Internacional e no Palmeiras e o vê como uma boa alternativa para o setor de criação. Hoje, o elenco tem apenas Paulo Henrique Ganso com características de um armador. A princípio, Michel Bastos ficará com a vaga do pentacampeão, mas não possui o mesmo estilo de jogo. 
Cleiton Xavier, de 31 anos, tem interesse em voltar ao Brasil para disputar o principal torneio do continente, mas esbarra em um longo contrato. O jogador está vinculado ao clube ucraniano até 2017 e depende da liberação dele por empréstimo para se transferir. O Tricolor descarta comprar os direitos econômicos.
Por outro lado, o São Paulo tem um aliado na concorrência com outras equipes brasileiras. O empresário Márcio Rivellino, que gerencia a carreira de Cleiton Xavier, também cuida dos negócios de Muricy Ramalho. O agente deve viajar para a Ucrânia nos próximos dias para tentar negociar com a direção do Metalist.
Apesar do desejo de voltar ao Brasil, Cleiton Xavier passa por bom momento no leste europeu. Em 14 partidas nesta temporada, ele fez nove gols, aparecendo em terceiro na lista de artilheiros do campeonato local. O clube, porém, não faz grande campanha e está apenas em sétimo lugar. 
Muricy não abre mão de melhorar e aumentar o elenco para poder ganhar alternativas em meio a Libertadores. O primeiro reforço do Tricolor para o próximo ano é o lateral-esquerdo Carlinhos, destaque do Fluminense nas últimas temporadas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Muricy mantém cautela sobre Breno: "Estamos recuperando um cidadão"


Breno bayern de munique tribunal julgamento (Foto: Reuters)
Técnico se anima com notícia de que zagueiro será libertado pela justiça alemã, mas evita fazer planos de contar com o atleta vestindo a camisa do São Paulo em 2015
A Justiça alemã confirmou que o zagueiro Breno, que está preso desde 2011 por colocar fogo na própria casa em Munique, será solto no dia 20. E que, a partir desta data, ele estará liberado para voltar ao Brasil. A notícia foi recebida com alegria por Muricy Ramalho que, no entanto, ainda não faz planos de contar com o atleta, que tem contrato com o Tricolor até outubro de 2015. 
- Agora é o momento de pensar no ser humano, e é uma grande notícia. Lembro que, no ano passado, quando o São Paulo disputou um torneio na Alemanha, o Milton (Cruz, auxiliar) foi até a prisão para conversar com ele. O São Paulo sempre trabalha muito bem nesse aspecto. Não estamos fazendo uma grande contratação, estamos primeiro recuperando um cidadão para inseri-lo novamente na sociedade – afirmou o treinador.
Assim que retornar ao Brasil, Breno deve ganhar alguns dias de folga. Na reapresentação, vai se encontrar com o técnico Muricy Ramalho. A partir daí, também receberá acompanhamento da psicóloga do Tricolor, Analy Couto. Seu contrato, que atualmente prevê uma ajuda de custo de R$ 9 mil mensais, será revisto.
– Não posso fazer grandes planos. Preciso esperar ele chegar, conversar olho no olho, ver como está se sentindo. Ele parou a carreira de jogador profissional e agora vai recomeçar. Não é fácil, precisa cuidar muito bem de todos os fatores – explicou o treinador.
Foi Muricy quem subiu Breno da base para o profissional no início de 2007. Na época, o garoto de 18 anos formou com André Dias e Miranda uma zaga praticamente intransponível, que foi destaque no bicampeonato brasileiro conquistado pelo São Paulo. No final do mesmo ano, acabou negociado com o Bayern de Munique por US$ 19 milhões (R$ 40 milhões na época), mas nunca teve sucesso na Alemanha. 

Após risco de rebaixamento, Muricy festeja: "Recuperamos o São Paulo"


Muricy Ramalho (Foto: site oficial / saopaulofc.net)
Em um ano, Muricy Ramalho foi do sofrimento ao alívio no São Paulo. Contratado para evitar o rebaixamento da equipe no Brasileiro em 2013, o treinador alcançou sua primeira missão e, numa segunda etapa, comandou a reformulação no Tricolor, que, após tropeços no primeiro semestre, deu sinais de recuperação no segundo e termina 2014 com vaga garantida na Libertadores da próxima temporada.
Muricy esbanja sinceridade e diz que ter recuperado o São Paulo equivale a um título e deve ser bastante comemorado.
– É como ser campeão. A situação que estávamos em 2013 era muito ruim e tenho certeza de que ninguém aqui vai esquecer isso. Nunca tinha feito esse trabalho. Não havia força para recuperar, mas conseguimos dar o primeiro passo, que era evitar a queda para a segunda divisão. Isso seria o maior desastre da história desse clube. Conseguimos evitar e aí passamos para o segundo passo, que era arrumar o time – explicou o treinador.
Na segunda meta, Muricy teve de harmonizar o ambiente. O elenco tinha peças que ganhavam muito, jogavam pouco e reclamavam demais. E o treinador também disse que erros da diretoria antiga resultaram na contratação de atletas que não tinham condições de defender o clube.
– Muitos jogadores foram contratados sem nenhum critério. Economicamente, isso prejudica demais o clube. Têm muitos caras que não jogavam aqui e eram caros, ninguém queria pagar. Pagamos um preço caro por isso, que foi montar um novo time durante o Campeonato Brasileiro. Sofremos no primeiro turno e depois acertarmos a mão com a chegada das novas peças. Basta ver que todas terminaram como titulares – analisou o comandante são-paulino, referindo-se a jogadores como Alan Kardec, Michel Bastos, Alvaro Pereira, Souza e Kaká.
Com o vice-campeonato garantido, Muricy tem uma certeza: o São Paulo voltou ao lugar de onde nunca deveria ter saído. 
– Recuperamos o São Paulo. A torcida voltou a acompanhar o time. Agora a gente já tem uma base para o ano que vem. Só encaixar umas peças e aí vamos brigar forte por títulos. No ano que vem, não podemos passar em branco, temos de ganhar – finalizou.