Carlos Miguel Aidar, ele próprio responsável por negociar a provável troca de fornecedora de materiais esportivos do São Paulo para a próxima temporada, abriu nova negociação com a Under Armour. Hoje o presidente são-paulino conversa diretamente com executivos de Baltimore, nos Estados Unidos, onde está sediada a matriz da empresa americana, para que a marca substitua a Penalty.
As tratativas com a Under Armour tinham acabado em agosto. A filial brasileira começou a negociar com o São Paulo no primeiro trimestre, logo depois de anunciar sua chegada oficial ao Brasil. Também com o interesse da Puma, Aidar fazia leilão e pedia, a cada rodada de reuniões, luvas e patrocínio mais altos. As conversas se estenderam por meses até que a Under Armour brasileira topou as condições do cartola e fez proposta oficial no início de agosto que expirava no término daquele mês. O clube enrolou e não a respondeu. Os executivos brasileiros, desiludidos, tiraram o time de campo e encerraram negociações.
Depois disso o presidente são-paulino passou a tratar diretamente com a matriz da empresa, em Baltimore, nos Estados Unidos. A operação brasileira não participa mais do processo.
Oficialmente, ninguém se pronuncia. Aidar escreveu ao blog que a cláusula de confidencialidade presente no contrato com a Penalty o impede de falar sobre fornecimento de materiais esportivos. Demais vice-presidentes, diretores e gerentes do clube alternam entre duas respostas: “não podemos nos manifestar devido à cláusula de confidencialidade”, alinhados ao presidente, e “cumpriremos até o fim nosso contrato com a Penalty”, válido até dezembro de 2015. O assunto virou tabu no São Paulo.
O novo leilão de Aidar entre Under Armour e Puma acontece em meio a mais um desgaste da relação com a Penalty. Durante parte de 2014, a fabricante atrasou pagamentos e esteve muito próxima de ter seu contrato rescindido pelo clube. Quando quitou a dívida, a situação melhorou. Depois, ao divulgar comunicado sobre a aposentadoria de Rogério Ceni, voltou a irritar a diretoria são-paulina e, de quebra, incomodou o ídolo, que decidiu renovar contrato e jogar até o fim da Libertadores de 2015.
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