O vestiário do São Paulo estava em festa. Estava. Até Edgardo Bauza chegar. Se algum jogador considerava a classificação para as quartas de final garantida depois da goleada por 4 a 0 sobre o Toluca, no Morumbi, o técnico tratou de esfriar os ânimos.
O time pode perder por três gols de diferença na próxima quarta-feira, em Toluca. Se fizer um gol fora de casa, o adversário terá de marcar cinco.
– A Libertadores é uma história diferente a cada partida. Os jogadores estavam festejando no vestiário, mas eu já disse a eles para não festejarem nada porque não ganhamos nada. Faltam 90 minutos e vamos lutar para conseguir a classificação. Se quisermos ficar entre os oito melhores da América, teremos de correr muito. As dificuldades serão cada vez maiores, em Toluca teremos 2.800 metros de altura. Conheço o técnico deles, ele fará de tudo para dar a volta por cima – afirmou o Patón, sem vacilar em nem uma sílaba sequer do discurso cauteloso.
O técnico também disse que Denis e Calleri, que cumpriram suspensão pelo cartão vermelho recebido contra o The Strongest, na última quinta-feira, devem voltar à equipe no jogo da volta.
Seus substitutos passaram por situações bem diferentes. Renan Ribeiro foi goleiro-espectador. A atuação do São Paulo praticamente impediu qualquer ameaça ao gol. Ele participou mais com os pés, em recuos de bola dos companheiros. Por outro lado, Centurión fez dois gols e deixou o campo ovacionado pela torcida.
– Acredito que Denis seja o titular. Se nada acontecer, seguramente ele voltará. É como me perguntar se, depois dos dois gols do Centurión, o Calleri ficará fora. Não ficará. O que me anima é que tanto o Renan quanto o Centurión tiveram essas atuações. Minha premissa é sempre a mesma e os jogadores sabem: quem estiver melhor vai jogar, e a equipe está sempre em primeiro lugar. Recebi críticas por tirar o Ganso na Bolívia, mas fiz porque estava convicto de que seria melhor para a equipe – explicou.
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